free portfolio web templates

    Se por um lado as redes sociais segmentaram o mundo em zonas muito bem divididas e que não conversam entre si, na música a situação é oposta. O pop ganhou frescor com uma nova safra, que adicionou elementos de MPB, reggae, um pouco de rock, hip hop e outras variantes de urban pop. Topa é representante legítimo desse novo cenário musical, onde as paredes de gênero foram derrubadas e o que vale é música boa. Como a que ele apresenta no EP que lança pelo Midas Music. Topa é gaúcho, de Passo Fundo. Na cidade iniciou carreira musical, gravou um disco calcado em pop reggae e mudou para Porto Alegre, depois de se formar em Direito.


    Lá conheceu o tecladista do Chimarruts, Lucas Ricord, e gravaram EP com músicas autorais, igualmente calcadas em reggae. 


    Rodaram cenário gaúcho, tocaram com Projota, Maskavo, Vitão, Filipe Ret, Dazaranha, onze:20, Reação em Cadeia e esses line ups foram o aproximando cada vez mais do flow de rap, das pitadas de hip hop ao som pop reggaeiro que fazia.


    Essa mistura vinha da influência dos artistas acima, assim como de Sublime, Vitor Kley, Rappa, Armandinho e Natiruts. Foi essa combinação que o fez chegar no Midas.

    “Trabalhar com o pessoal do Midas é incrível”, diz em referência à direção artística de Rick Bonadio e produção de Giu Daga e Andherson Niko Miguez. “Eu nem sabia que existia esse mundo musical totalmente organizado em gravação, equipamentos, tudo para tirar o melhor som do artista.” Por melhor som, Topa trabalhou no primeiro single, “Vai Voltar”, em parceria com Rodrigo Koala e Digão. O riff de violão baixa cortina da nova MPB até condução baladeira que caberia bem em uma canção do Skank se mostrar presente junto a arranjos eletrônicos, guitarra em slide e sonoridade alto-astral.

    Já “Chocolate com Pimenta” é assinada pela dupla do Soul do Bem, Jr. Nikimba e Marianno. Só que o soul do nome do duo vem de alma, e não do gênero. Esta (a alma) se mostra presente tanto no vocal suave de Topa quanto no riff de violão de abertura, na cadência mezzo hip hop mezzo R&B e nas pitadas de reggae que adoçam a receita.

    Em “Menina”, Topa se uniu na composição à dupla do bem e guitarras e violão se misturam a uma cama de efeitos eletrônicos, piano em pop reggae balada redonda.

    “Nos meus trabalhos anteriores, costumava mandar as guias para o produtor, que montava a música e eu cantava por cima. Agora participei de absolutamente todo o processo e vi a música nascer do nada até sua forma definitiva. Foi um processo mágico”, diz Topa. 

    Ao escutar os três sons, só nos resta concordar.